Contando Histórias Ontem e Hoje

Quando a professora Tânia Maria da Silva me convidou para integrar o grupo de Contadores e Contadoras de Histórias de Blumenau, o mundo era bem diferente. Sem tecnologia eletrônica avançada, sem celulares e todo o aparato que acelerou o isolamento das pessoas e sua dependência deles, depois que a pandemia do Covid-19 passou a ameaçar a sobrevivência da própria Humanidade.

Era uma alegria enorme entrar numa sala e sentir a expectativa dos pequenos, os olhinhos brilhantes, as risadas e comentários, aquela balbúrdia que ia se acalmando à medida que se acomodavam e seguiam atentos a nossa performance. Ouvi-los rindo quando o vilão se dava mal, ou arregalando os olhos em expectativa quando o herói se encontrava em perigo, emocionados quando se identificavam com uma situação mais dramática. Ao final, em vez de palmas como o público adulto, comentavam, pediam mais, faziam perguntas. A interação era instantânea e calorosa.

Passei muitos anos longe da contação de histórias, dedicada aos meus alunos universitários e à edição de revistas culturais. A situação que encontro agora me faz sentir como se estivesse em outro planeta. A nova geração, dos que poderiam ser meus netos, está “plugada” nos meios eletrônicos e passou meses sem contatos pessoais, sujeita a todo um ritual de higienização necessário à sua saúde e sobrevivência.

Nós, contadores de histórias, nos vimos separados do nosso amado público por câmeras e outros aparatos. Graças a Deus, nunca me afastei dessa realidade, embora o progresso da tecnologia seja tão veloz que estou sempre correndo atrás... Mesmo assim, tenho certa facilidade em lidar com ela, talvez porque não a encaro como inimiga, e sim como ferramenta indispensável em nossos dias.

O que me entristece é a ausência daqueles olhinhos brilhantes, o afastamento do nosso público... Não sei se meus vídeos são recebidos com alegria, suspense ou bocejos. Um “like” ou o número de visualizações são apenas símbolos frios, que não substituem a presença da criançada. Apesar dessa frustração, a esperança de que um dia a vida volte ao normal, ainda que seja “um novo normal”, sinto-me consolada e incentivada a prosseguir, enfrentando esse desafio. Nossa história não tem fim!

Ex- Pró Reitor de Extensão da Universidade Regional de Blumenau- SC

Eu vejo em Tânia Maria da Silva uma pessoa criança; mas para além do esse dizer, ela Tânia Maria é musa humana da infância alegre do sonho feliz, porque faz voar às mentes atentas de crianças sentadas ao chão, ou acamadas doentes, curiosas sobre estórias ou tristes em seus lugares, momentos de relatos incríveis com som de vida!

No quando pude ter a felicidade e a responsabilidade de exercer a função de Pró-Reitor de Extensão da Furb( Universidade Regional de Blumenau), na primeira gestão de Egon José Schramm, aconteceu minha felicidade outra de conhecer o Projeto " Contadores de Histórias" de Tânia Maria da Silva, ela, com seu ar sorriso mágico de alegria do fazer acontecer sonhos e realidades no coração de crianças, e mais, de formar estudantes, principalmente mulheres , na arte do " contar , do narrar contos, poemas, estórias , histórias e qualquer gênero literário do imaginado e imaginando escrever e dizer.

Tânia Maria traz o dom de criar espaços de convivência para o entreter crianças e jovens ao mergulho das narrações e suas imagens viagens pelo som sentido das palavras.

E a criança, e a juventude e os adultos , e idosos , quem sabe, entram num clima relacional emocional de ouvir e viajar às imagens fantásticas do dizer narrando...contando histórias e estórias!

Tânia Maria é presencial e virtual com a magia da sabedoria!"